Ações para atração e manutenção das indústrias já existentes na cidade e a qualificação da mão de obra para o setor têxtil foram os principais assuntos discutidos durante a reunião da subcomissão Região do Pólo Têxtil do Fórum Municipal Americana 2020. A subcomissão, presidida pelo vereador Capitão Crivelari (PP), reuniu-se nesta quarta-feira (10) na Câmara Municipal de Americana.
A subcomissão é composta pelo assessor do Sindicato dos Têxteis de Americana, Luciano Domiciano da Silva, pelo diretor do Sincovam (Sindicato do Comércio Varejista de Americana), Vítor Fernandes, pelo vice-presidente da SOAJAZ (Sociedade Amigos de Bairro do Jardim da Paz), Antonio José Fernandes e pelo vice-presidente do Sinditec (Sindicato das Indústrias de Tecelagem de Americana), Dilézio Ciamarro.
Para todos os membros da subcomissão, é necessária a realização de ações políticas e investimentos para a manutenção das indústrias têxteis já existentes em Americana e o incentivo para vinda de novas indústrias. “A guerra fiscal entre os municípios do Pólo Têxtil tem sido agressiva e Americana está em desvantagem”, apontou Domiciano.
A criação de um parque têxtil em longo prazo na região do pós-represa foi sugerida como forma de atração às indústrias ao município, já que no passado a cidade era conhecida como Princesa Tecelã. “A indústria têxtil sempre foi o berço de Americana. É preciso oferecer condições para que as pequenas e médias empresas voltem a investir no município”, frisou Antonio Fernandes.
Outra ação proposta foi a criação de uma escola dentro do parque têxtil para a qualificação da mão de obra. Segundo Fernandes, diretor do Sincovam, não se encontra mais profissionais qualificados para o ramo têxtil. ”Com a vinda do tecido importado e a evasão das indústrias, as oportunidades de emprego neste ramo praticamente se anularam, fazendo com que os jovens se interessassem por outras profissões”, destacou.
Crivelari lembrou que com a vinda do produto importado, houve a mecanização das máquinas, contribuindo para a diminuição do trabalho humano. “A invasão do produto externo fez com que as indústrias substituíssem o antigo tear manual por mecânico, diminuindo as oportunidades de emprego aos trabalhadores da categoria” disse.
O escoamento da produção das pequenas indústrias do município também precisa ser revisto. Por força de Lei municipal, o tráfego de caminhões pesados é proibido e estas empresas se vêem obrigadas a fracionarem o frete, encarecendo o produto final. “A criação de uma central de recebimento de mercadorias, uma espécie de DIC, próxima a Estação Ferroviária ajudaria no transporte ferroviário e diminuiria o custo. Este sistema poderia funcionar como cooperativa”, sugeriu Domiciano.
De acordo com o presidente da subcomissão, a reunião foi válida por tratar o assunto com conhecedores da área. “O debate aconteceu com propriedade graças ao desempenho dos especialistas da área que são conhecedores dos problemas enfrentados pela categoria no município. O Fórum elaborado por esta Casa Legislativa ofereceu essa possibilidade aos órgãos de trocarem informações e anseios”, concluiu.
Crivelari preside também a subcomissão de Segurança Pública. As propostas apresentadas pelas duas subcomissões serão debatidas na reunião geral da comissão, quando serão definidas as ideias principais a serem levadas à audiência pública. A reunião geral da comissão de Segurança Pública e Região do Polo Têxtil acontece no dia 23 de março, e a audiência pública no dia 9 de abril, no Plenário da Câmara.
Para mais informações sobre o Fórum, acesse a página especial no site da Câmara.

Assessoria de Comunicação