Administrar com Austeridade
Cauê Macris*
Os administradores públicos sabem com exatidão que governar é sinônimo de eleger prioridades. Isso parece uma lição já consolidada no perfil de muitos administradores. Contudo, quem poderia ser exemplo neste tema tem deixado em segundo plano a rigidez com o dinheiro público. Austeridade e economia não fazem parte do vocabulário do Governo Federal. Senão vejamos.
Nos seis últimos anos, o Executivo gastou nada menos que R$ 124 milhões com ajuda de custo e indenizações para remover servidores civis federais. A despesa aumenta cerca de 71% somente na Administração Federal Direta. Em termos reais, com correção pela inflação oficial, medida pelo IPCA, a elevação chega a 31%.
Pois bem. Recentemente o Governo Federal anunciou corte provisório de R$ 37,2 bilhões no orçamento. Pura enrolação, porque dias depois o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o contingenciamento no orçamentário não será solução para o fim da crise financeira. Ironia ou não, Lula, que pertence ao partido, que diz ser dos trabalhadores, defende a manutenção dos gastos da já inchada maquina publica, enquanto trabalhadores perdem seus empregos com a crise. Crise, aliás, que há pouco foi chamada de “marola” por Lula, mas que agora queima na pele do trabalhador. Afinal de contas, onde estão os 4% de crescimento da economia brasileira? A bravata caiu com as palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que recentemente admitiu ser impossível cumprir o crescimento prometido.
E essa “marola” é só o começo. Os mais recentes números divulgados pelo IBGE indicam retração do Pib em 3,6 % no quarto trimestre de 2008. Mais que um sinal vermelho da situação. Assistimos em seis meses as principais economias do mundo entrar em estado de atenção. Apesar disso, o governo brasileiro subestimou a gravidade do problema. Um exemplo claro se resume na política monetária do Banco Central, que permanece equivocada. Temos os juros nas alturas, o que na pratica penaliza a cadeia produtiva e, por tabela, a retomada da economia.
Governar com austeridade significa agir com responsabilidade, enfrentando os problemas de frente. No caso especifico de São Paulo, o governo Serra mantém em pleno vapor os investimentos previamente definidos. Ou seja: tratamos questões da máquina administrativa de maneira responsável, sem a criação de ilusões à população. Afinal de contas, a verdade sempre foi o melhor remédio para lutar contra as adversidades da vida. Na vida pública a regra é a mesma. Não estamos dizendo aqui que não há solução para a crise econômica e que o povo brasileiro está fadado ao sofrimento. No entanto, criar falsas esperanças à população chega a ser um crime.
*Cauê Macris é vereador pelo PSDB e presidente da Câmara de Americana
Publicado em: 15 de abril de 2009
Publicado por: Cauê Macris
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