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Kim recebe mapas para elaborar projeto de combate às enchentes na Avenida Brasil



Os mapas detalhados de todos os imóveis que contribuem com a bacia do Córrego do Parque, represado no Parque Ecológico de Americana, foram entregues esta semana pela Prefeitura Municipal ao presidente da Câmara, Marco Antônio Alves Jorge (PDT), o Kim, para a elaboração dos estudos para contribuir com a redução e, possivelmente, a eliminação das enchentes na Avenida Brasil – ao logo da qual o córrego é canalizado.
Com base em requerimento formulado por Kim, em março deste ano, a Prefeitura informou que todos os projetos hoje em curso na Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos para a contenção de enchentes na Brasil se baseiam em obras de infra-estrutura, como piscinões e drenagem. “Piscinões são obras de grande porte e que nem sempre dão conta do recado”, lembra Kim.
Para Kim, reservatórios de água da chuva instalados nos imóveis da bacia do córrego funcionariam como um “mega piscinão”, formado por inúmeras células individuais.
“Imagine se todas as casas e edifícios situados entre a avenida de Cillo e Brasil, e também entre a Brasil e a Campos Sales, tivessem sistemas de reuso da água da chuva. Com certeza reduziríamos drasticamente, ou até acabaríamos com enchentes. E com a vantagem de reutilizarmos a água para irrigar jardins, lavar carros, dar descarga nos sanitários, deixando a água tratada – e cara – para funções mais nobres”, afirma Kim.
A tecnologia para reuso de água da chuva é antiga e já está mundialmente disseminada, com vários tipos de equipamentos disponíveis no mercado. No Brasil, lembra Kim, o reuso é secularmente difundido na zona rural com a utilização de cisternas e a prática começa também a se estender para a zona urbana. “Na nossa região mesmo, existem inúmeras indústrias que utilizam tecnologia altamente sofisticada de reuso”, diz ele.
Kim, em seu trabalho, defende a utilização de todas estas tecnologias disponíveis. “Cada edificação, cada moradia, cada comércio lançará mão do equipamento que melhor se adaptar às suas necessidades”, argumenta ele.
Solução para toda a RMC
Os mapas dos imóveis encaminhados pela Prefeitura vão permitir que Kim calcule a capacidade de armazenamento da água da chuva em toda a extensão da bacia que alimenta o córrego.
“A partir destes estudos, teremos um planejamento global dos custos e a projeção exata dos resultados que poderemos obter”, diz Kim. Com base nisso, serão estudadas as linhas de financiamento existentes no País e que poderão ser utilizadas para viabilizar a implantação do projeto.
Kim, que também é coordenador da Câmara Temática de Habitação da RMC (Região Metropolitana de Campinas), acredita que a implantação do projeto em Americana vai abrir caminho para a solução do problema de enchentes em vários municípios vizinhos.
E isso é importante para os outros municípios e também para Americana, lembra Kim. “A retenção da água do Ribeirão Quilombo que, antes de chegar em Americana, passa em diversos municípios com problemas de enchentes, vai contribuir para reduzirmos também o problema das enchentes na avenida dos Bandeirantes, na região do Centro Cívico e em outras áreas banhadas pelo Quilombo em nossa cidade”, avalia.
Os principais pontos críticos de enchentes, em praticamente todos os municípios da RMC, estão cercados por bairros superpovoados. “Todos estes bairros têm grande capacidade para receber instalações de reuso”, diz ele. Mas como muitos destes bairros são habitados por populações de baixa renda, a disseminação de tecnologias baratas é fundamental para que o projeto ganhe força.
Invento premiado
Kim, arquiteto da Secretária Municipal de Habitação licenciado desde que foi eleito para presidir a Câmara, é um defensor intransigente do reuso da água de chuva. “Esta prática é indicada como uma das saídas mais desejáveis para a crescente escassez de água que a humanidade enfrenta e que já é um entrave para o desenvolvimento econômico de muitos municípios da nossa região”, defende ele.
Há quatro anos, Kim inventou um equipamento de reuso de baixo custo, para ser instalado em habitações populares. No início deste mês, o invento recebeu o prêmio simplicidade Philips, disputado por concorrentes de todo o Brasil. O prêmio é uma iniciativa da Philips com o objetivo de reconhecer idéias e iniciativas, já colocadas em prática, e que de alguma maneira ajudam a simplificar ou facilitar a vida das pessoas. O invento já está instalado em conjuntos habitacionais populares de Americana e vai equipar também as casas do “Mutirão Habitacional Jardim da Mata”, em Americana, que estão em fase de construção.
Apoio acadêmico
Para o detalhamento dos estudos, Kim vai contar com assessoria das equipes técnicas do Legislativo, de outros setores do poder público e também das universidades. Desde fevereiro, a Mesa Diretora da Câmara – integrada também pelo primeiro secretário Jonas Santarosa (PT) e pelo segundo secretário Luiz Antônio Crivelari (PP) – discute com a direção de universidades de Americana e da região um projeto de estreitamento de relações do Legislativo municipal com os centros acadêmicos de pesquisa e geração de conhecimento.
O projeto, idealizado pela Mesa, pretende estabelecer um vínculo permanente entre o mundo acadêmico e a gestão pública, com o objetivo de encontrar propostas e soluções que resultem em melhorias para a cidade. “Este projeto das enchentes, pela complexidade de estudos que exige, deverá contar com o apoio técnico das universidades”, avalia ele.


Publicado em: 29 de maio de 2007

Publicado por: Assessoria de Comunicação

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Categoria: Notícias da Câmara

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