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Debate lota plenário e define primeiras propostas alternativas para criação de áreas de lazer para jovens



Cerca de cem pessoas, entre elas um grande número de adolescentes, acompanhou o debate promovido pela Câmara Municipal na noite de ontem (28) e que começou a propor alternativas de espaços de convivência e lazer para os jovens em Americana. O debate foi realizado a partir de proposta da vereadora Lurdinha Ginetti (PDT) e aprovada por todos os vereadores, depois que o problema da concentração de jovens em postos de gasolina foi levado repetidamente à discussão em sessões da Câmara.
Durante mais de duas horas, vereadores, proprietários de postos de gasolina e de bares e restaurantes, estudantes, promotores de eventos para jovens, representantes de várias secretárias e diretorias da Prefeitura, da Polícia Civil, da Gama (Guarda Armada Municipal de Americana), autoridades de cidades vizinhas – como Santa Bárbara D`Oeste, que também enfrenta o mesmo problema – e de outros segmentos da comunidade discutiram e propuseram soluções alternativas para resolver os conflitos provocados pela concentração de jovens em postos de gasolina nos finais de semana.
“Este foi realmente um bom começo. Reunimos aqui os mais diversos segmentos da sociedade e iniciamos o debate sobre um problema que é muito complexo, mas para a qual já surgiram propostas concretas e viáveis, vindas inclusive dos jovens que são o principal foco do debate”, avaliou Lurdinha Ginetti.
O presidente da Câmara, Marco Antônio Alves Jorge (PDT), o Kim, propôs que o PDDI (Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado), que está em discussão na Câmara, inclua mecanismos que permitam criar espaços de lazer e concentração para os jovens. “Numa primeira discussão ampla e importante como foi esta, já vimos que existem alguns consensos. Entre eles, vindo de todos os segmentos, existe a demanda por espaços de convivência dos jovens. É pela falta destes espaços que eles acabam buscando postos de gasolina, que no caso da Avenida Brasil – onde tivemos um conflito recente – fica próximo a um hospital. Em outros casos, criando problemas de convivência com vizinhos”, disse Kim.
Jonas Santarosa (PT), primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara, lembrou que outras cidades do Brasil e da região conseguiram encontrar alternativas ao definirem regiões da cidade para a concentração de bares e restaurantes com permissão de som ao vivo. “Americana, infelizmente, foi muito tímida em iniciativas desta natureza. O debate de hoje, com vários segmentos da sociedade e do poder público se manifestando, é um passo importante para mudarmos esta situação”, comentou Santarosa.
O segundo secretário da Mesa Diretora, Capitão Crivelari (PP), lembrou que o conflito entre jovens em busca de lazer e a vizinhança que sente a perturbação da ordem é antigo, não só em Americana como em quase todas as cidades brasileiras. “E onde há grupos de jovens, há sempre a possibilidade de que ocorram brigas e confrontos. Viver em comum, em locais que reúnam bastante gente é da natureza do jovem. É a vontade deles e tem que ser integralmente respeitada. O que nós vereadores e o poder público temos obrigação de fazer é criar um equilíbrio na situação. Podemos isolar áreas e locais específicos e ali levar toda a segurança preventiva para que os jovens convivam sem criar conflitos com a vizinhança e mesmo entre eles”, defendeu Crivelari.
Cauê Macris (PSDB), o vereador mais jovem que participou do debate, fez um relato detalhado sobre o comportamento dos jovens e mostrou as razões que os levam a procurar espaços de convivência como os de postos de gasolina. “O jovem procura ambientes onde possa encontrar outros jovens. E procura também locais onde não tenha o que gastar, porque sai para se divertir com pouco dinheiro no bolso. Nos postos de gasolina, eles podem ficar ali pela noite toda, gastando muito pouco. Se forem criados espaços que permitam esta mesma condição, com certeza eles irão para lá”, afirmou Cauê.
Para Cauê, a cidade tem que pensar em criar ruas destinadas aos bares, “como já fizeram outras cidades”, com bolsões de estacionamento e segurança. “Cabe ao poder público regularizar esta situação”, argumentou. Cauê defendeu ainda a reativação, pelo Executivo Municipal, do Conselho da Juventude. “Este espaço deve ser um fórum permanente para discutirmos estas questões”, defendeu.


Publicado em: 01 de março de 2007

Publicado por: Assessoria de Comunicação

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Categoria: Notícias da Câmara

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