Os vereadores da Câmara Municipal de Americana debateram, durante a última sessão ordinária de 2010, realizada nesta quinta-feira (16), no Plenário Dr. Antônio Álvares Lobo, as mudanças nos locais de pagamentos das contas de energia elétrica. O debate foi proposto pelo vereador Odair Dias (PV), através do requerimento 1090/2010, aprovado por unanimidade.
O debate contou com a presença do diretor da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), Mauro Magalhães, do gerente geral da CEF (Caixa Econômica Federal) de Americana, Marcos André Moz e do secretário municipal de Governo e Ação Comunitária, Douglas Trindade.
Magalhães explicou que o cancelamento do contrato da CPFL com a CEF e com as casas lotéricas tem como objetivo o estreitamento do relacionamento com seus clientes. “A criação do programa CPFL Total vai aproximar a empresa de seus clientes, oferecendo não somente a oportunidade de pagamento de contas de energia, mas também os demais serviços como segunda via de contas, religação e validação cadastral”, disse.
"A intenção é que em Americana tenhamos 50 pontos onde a população poderá usufruir dos benefícios oferecidos pelo programa e escolher aquele que mais se aproxima de sua necessidade, sem prejudicar o seu dia a dia”, complementou.
O vereador Odair Dias questionou o fato de o programa não atender todos os bairros e frisou que muitas regiões não possuem locais para pagamento. “Alguns bairros contam com casas lotéricas onde a população pagava suas contas. Hoje isto não é mais possível. Como a CPFL vai lidar com esta situação. Existe um mapeamento para que todos os bairros sejam atendidos?”, perguntou.
Segundo Magalhães, a cidade conta hoje com 19 pontos para pagamento, mas reconhece que ainda é pouco. “Queremos estar em todos os bairros, inclusive naqueles que nunca tiveram uma opção para pagamento, mas estamos com dificuldade de expansão e já estamos trabalhando para que este número aumente”, respondeu.
Por sua vez, o vereador Oswaldo Nogueira (DEM) questionou se o cancelamento do convênio foi por motivos econômicos, já que o serviço atendia de forma satisfatória os clientes e custava para a CPFL R$ 30 milhões ao ano. “Sempre há motivos econômicos envolvidos, porque o maior valor de despesa da empresa era com o sistema de recebimento. Em contrapartida, se reduzirmos este custo podemos investir na rede”, respondeu Magalhães.
A vereadora Divina Bertalia (PDT) comentou que há um desejo muito grande de buscar uma solução e perguntou se a CPFL pretende retomar o convênio. “A CPFL tem 100% de interesse em retomar o convênio com a CEF e com as Casas Lotéricas. Podemos até criar um piloto aqui em Americana”, concluiu o diretor da concessionária de energia.
Por sua vez, Moz explicou que, desde o primeiro contato da CPFL com a instituição financeira, a Caixa Econômica Federal tentou manter o convênio. “No mês de julho deste ano, a CPFL nos procurou e informou que o convênio seria cancelado. Desde então, tentamos todas as formas de mantê-lo, mas foram em vão. A CEF está disposta a colaborar e à disposição para retomar as tratativas para retornar com o convênio”, disse.
O secretário municipal de Governo e Ação Comunitária, Douglas Trindade, frisou que o Poder Público se coloca como parceiro para auxiliar na solução deste impasse e buscar um entendimento entre as partes. “Esta questão chegou ao Poder Público porque está havendo um prejuízo para a população. A Prefeitura cedeu à CPFL, através de Decreto Legislativo aprovado nesta Casa, um espaço na regional do bairro Antonio Zanaga para a instalação de um ponto de atendimento do programa CPFL Total. Desta forma, acreditamos que estamos colaborando para amenizar o problema”, finalizou.

Assessoria de Comunicação